palácios

Palácio Óbidos

Palácio Obidos

PALÁCIO ÓBIDOS 

O Palácio Óbidos, construído no Séc. XVII, constitui um caso único na fisionomia Ribeirinha de Lisboa, visto situar-se sobre um enorme rochedo, onde em tempos batiam as águas do Tejo. Situa-se na Rua Presidente Arriaga entre o Jardim 9 de Abril e o Convento de São João de Deus. Foi edificado pelo primeiro conde de Óbidos e Vice- Rei da Índia e do Brasil, D. Vasco Mascarenhas. É na fachada de tardoz, localizada sobre o rochedo e na grande escadaria pública de 1880, que se concentra o elemento de maior aparato do conjunto. Em 1874 o 8º Conde de Óbidos vendeu o Palácio a um particular por 12 contos que depois o vendeu ao Rei D. Luís que depois o ofereceu a uma dama do Paço, irmã do conde citado. Em 1905 o Palácio foi arrendado ao Clube Inglês, e a partir de 1919 é a sede da Cruz Vermelha Portuguesa. Entre 1934 e 1947 o Palácio recebeu obras de grande sumptuosidade, renovando completamente o interior onde foi construída uma esplêndida biblioteca.

ÓBIDOS PALACE 

The Óbidos Palace, built in the 17th century, is a unique feature in Lisbon’s riverside landscape as it is located over a large rock where the Tagus River used to reach. It is located at Rua Presidente Arriaga, squeezed between Park 9 de Abril and the Convent of São João de Deus. The Palace was erected by the first Count of Óbidos, Vice-Roy of India and Brazil, D. Vasco Mascarenhas. The most boisterous element of the set is concentrated in the back façade of the Palace, located over a rocky hill and a large public stairway built in 1880. In 1874 the Palace was sold by the 8th Count of Óbidos to an individual for 12 contos (twelve thousand Escudos) who later sold it to King Luís who then offered it to a noblewoman, sister of the abovementioned Count. In 1905 the Palace was leased to the English Club and since 1919 it has been hosting the Portuguese Red Cross. Between 1934 and 1947, the Palace underwent major works, deeply renovating the interior where a splendid library was built. 

 

CASAS E PALÁCIOS ARMORIADOS DE LISBOA

Coordenação José António de Mello

Textos Pedro Mascarenhas Cassiano Neves

Editor SCRIBE, Produções Culturais, Lda

 

HOUSES AND PALACES IN LISBON, COATS OF ARMS

Translation from Portuguese into English Onoma, Gabinete de Traduções, Lda

Palácio de Azurara

Museu_Artes_Decorativas

PALÁCIO AZURARA

Este invulgar Palácio, antigamente de pertença da Ordem de S. João de Malta, situa-se no Largo das Portas do Sol. A construção atual, de raiz seiscentista, é extremamente irregular, o que lhe atribui um carácter singular com três frentes. A partir de 1870 o palácio serviu de colégio, departamento militar, hospício e residência de gente modesta. Em 1947, extremamente degradado, foi adquirido pelo banqueiro Ricardo Espírito Santo Silva e restaurado pelo arquiteto Raul Lino. Para além da revelação da até então encoberta torre, foram também postas a descoberto pinturas ornamentais em tetos de masseira, pinturas murais e silhares de azulejos da casa original. Foram ainda acrescentados painéis azulejares e outros elementos decorativos provenientes de diversos locais. Nas numerosas dependências foi instalado o Museu de Artes Decorativas portuguesas que reúne a extraordinária coleção de arte doada por aquele banqueiro e mecenas.

AZURARA PALACE

This unusual Palace, which once belonged to the Order of St. John of Malta, is located at Largo das Portas do Sol. The current construction, with a 17th century influence, is highly irregular which grants it a unique character, with its three fronts. From 1870 onwards, the house served as college, military department, hospice and residence to humble people. In 1947, extremely damaged, it was purchased by the banker Ricardo Espírito Santo Silva and restored by architect Raul Lino. In the concealed tower were also discovered several decorative paintings in ceilings in the form of a flat arch and walls and tile panels from the original house. Other tile panels and decorative elements were added from different origins. The Portuguese Decorative Arts Museum was installed in the numerous rooms of the palace, which gathers the extraordinary art collection donated by the same banker and arts patron.

 

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Coordenação José António de Mello

Textos Pedro Mascarenhas Cassiano Neves

Editor SCRIBE, Produções Culturais, Lda

 

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Translation from Portuguese into English Onoma, Gabinete de Traduções, Lda

Os nobres vizinhos da Onoma – Casa Nobre dos Condes de Vila Real

Casa Nobre dos Condes de Vila Real

 A CASA NOBRE DOS CONDES DE VILA REAL

Outrora uma quinta de arrabalde, esta Casa-Nobre está no sítio do Pote de Água, no espaço compreendido entre a Avenida do Brasil e a Segunda Circular, possibilitando o seu isolamento e as características campestres da envolvente uma pacatez inesperada para quem tem de morar num lugar com muito tráfego. Da primeira metade do século XIX de D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, 1 º Conde de Vila Real, diplomata e político de relevo, que era filho do ilustre Morgado de Mateus, notável diplomata que em Paris geriu habilidosamente os ilustres expansionistas napoleónicos e que, nessa mesma cidade, empreendeu a monumental edição dos Lusíadas que o celebrizou.

Passando o portão, uma larga alameda inclinada dá acesso a um amplo pátio murado, que é precedido por duas construções quadrangulares, que ladeiam o final da pequena alameda, antigas cavalariças. Ao fundo, a casa ocupa a face nascente do pátio a toda a largura. A frontaria, de feição neoclássica tem dois andares e é composta por cinco corpos divididos por pilastras. Uma segunda construção ligeiramente mais alta devido ao desnível do terreno, nasce da fachada lateral sul. Todo o conjunto está em adiantado estado de degradação, com os telhados caídos e se nada for feito urgentemente dentro em breve só restará a memória.

THE COUNTS OF VILA REAL HOUSE

Formerly an estate in the outskirts of the city, this House is now located at the place known as Pote de Água, in the area between Avenida do Brasil and Segunda Circular, with its isolation and the country characteristics of the surrounding area providing an unexpected quietness for those who live in an area with intense traffic. Dating from the first half of the 19th century this estate was owned by D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, 1st Count of Vila Real, a known diplomat and politician, son of the famous Lord of the Majorat of Mateus, a remarkable diplomat in Paris who remarkably managed the illustrious Napoleonic expansionists and who, in the same city, undertook the monumental edition of the “Lusíadas” that made him famous.

After the gate, a large sloped alley provides access to a large walled yard; preceded by two quadrangular constructions siding the end of the alley, and which were the former stables. At the back, the house occupies the east face of the yard in all its width. The front of the house, with a neo-classic style, features two floors being comprised of five bodies divided by pillars. A second construction, slightly taller due to the slope of the ground, starts at the south end façade. The entire set is highly degraded, with roofs collapsed and if no works are urgently undertaken, very soon only the memory of it will remain. 

 

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Coordenação José António de Mello

Textos Pedro Mascarenhas Cassiano Neves

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Os nobres vizinhos da Onoma – Palácio Fronteira

Palácio Fronteira

 O PALÁCIO FRONTEIRA

D. João Mascarenhas, 2º Conde da Torre (26-7-1638) e 1º Marquês de Fronteira (7-1-1670) construiu durante o século XVI, na sua quinta dos Loureiros, aquele que viria a ser o mais espetacular dos Palácios feitos em redor de Lisboa. General da Restauração e um dos principais apoiantes de D. Pedro II, era D. João senhor de grande erudição. O Palácio foi “O Primeiro Monumento da Restauração” e é o reflexo da vida e personalidade do seu Fundador, o que o torna um caso impar no panorama artístico português. O modelo do palácio foi importado da Itália. O Palácio é de planta quadrangular e há uma ligação a uma capela pré-existente através de um terraço. A fachada principal, que dá para o pátio e a fachada nascente, que dá para o grande jardim formal, são constituídas por duas lógias sobrepostas de tripla arcaria e estão ladeadas por dois corpos nas extremidades. Passado o átrio, deparamos no interior com um arco de volta perfeita dentro do qual está uma grande fonte que tem ao centro um mascarão. Tal como no interior, também nos jardins esta simbiose entre a inspiração italiana e azulejaria portuguesa funciona plenamente com muitas fontes, estátuas e um tanque rectangular no qual a parede de fundo é totalmente revestida por painéis de azulejos que retratam membros da Família. O Palácio foi alvo de enorme intervenção e foi adicionada uma nova ala de três andares perpendicular ao edifício antigo. O Palácio Fronteira é ainda propriedade da família.

THE FRONTEIRA PALACE

D. João Mascarenhas, 2nd Count of Torre (26-7-1638) and 1st Marquis of Fronteira (7-1-1670), erected during the 16th century at his estate of Loureiros, what would be the most spectacular Palace in the outskirts of Lisbon. A General of the Restoration and one of the major supporters of King Pedro II, D. João was a very cultured man. The Palace was the “First Restoration Monument”, being the reflection of the life and personality of the founder, making it a unique case in the Portuguese artistic setting. The adopted model of the palace was imported from Italy. The palace has a quadrangular layout and a connection to the pre-existing chapel through a terrace, the Gallery of Art, whose walls are fully covered with tiles along with Italian mythological statues in marble. The main façade overlooking the courtyard and the East façade overlooking the formal garden comprise two overlapping loggias with a triple archway sided by two bodies at the end. After the courtyard, inside, a round arch houses a large fountain with a large mask. Similarly to the inside, the gardens also show the perfect symbiosis between Italian inspiration and Portuguese tiles with many fountains, statues, and a large rectangular pool with the back covered with tile panels depicting members of the family. The palace was subject to a large intervention and a new three-floor wing perpendicular to the building was added. The Fronteira Palace is still owned by the family.

 

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Os nobres vizinhos da Onoma – Igreja de Santa Isabel

Igreja Santa Isabel

 A IGREJA DE SANTA ISABEL

Localizada no Largo de Santa Isabel, a Igreja de Santa Isabel, projetada por Carlos Mardel, foi a primeira igreja construída fora dos limites da antiga cerca Fernandina. A construção da igreja começou em 1742 pela vontade de D. Tomaz de Almeida, o primeiro Cardeal Patriarca de Lisboa, e foi concluída apenas em 1763. Este templo não foi atingido pelo sismo de 1755 e por isso no seu interior existem inúmeras telas, como as de Pedro Alexandrino, imagens de fino recorte e alfaias religiosas provenientes de ermidas e igrejas afetadas pelo terramoto. Além disso, no seu interior existem os túmulos de três figuras ilustres: o Padre Santos Farinha (notável arqueólogo e linguista), o músico Marcos Portugal e Francesco Bartolozzi (um gravador Italiano). Três pessoas importantes financiaram a construção da Igreja: D. Tomaz de Almeida, que chegou a vender bens pessoais para concretizar o projeto, o Rei João V, que contribuiu com 10.000 cruzados e o rico capitalista José Francisco da Cruz, 1º Morgado da Alagoa, um dos três irmãos Cruz Sobral que em conjunto detinham um dois maiores monopólios comerciais pombalinos. Com este patrocínio, o Morgado da Alagoa, viu ser-lhe conferida uma dupla honra: a de primeiro Presidente da Irmandade do Santíssimo, com direito a sepultura por detrás do Altar-Maior e a incrustação do seu Brasão de Armas, no fecho cimeiro do Arco cruzeiro da Igreja.

THE CHURCH OF SANTA ISABEL

Located in Largo de Santa Isabel, the Church of Santa Isabel, designed by Carlos Mandel, was the first church to be built outside the limits of the Fernandine Wall. Its construction started in 1742 by the will of D.Tomaz de Almeida, the first Cardinal Patriarch of Lisbon, and it was completed only in 1763. The temple was not affected by the earthquake in 1755 and therefore on its interior decoration there are countless paintings, like the ones from Pedro Alexandrino, fine sculptures, many religious items from other churches and little chapels affected by the earthquake. Moreover there are three tombs of famous figures like Father Santos Farinha (a remarkable archaeologist and linguist), the musician Marcos Portugal and Francesco Bartolozzi (an Italian engraver). Three key people funded the construction of this church: D. Tomaz de Almeida, who sold personal assets to complete the project, King João V, who donated 10,000 cruzados, and the rich businessman José Francisco da Cruz, 1st Majorat of Alagoa, one of the three Cruz Sobral brothers who jointly held one of the largest commercial monopolies at the time of the Marquis of Pombal. With this sponsorship, the Majorat of Alagoa was granted a double honour: being the first president of the Brotherhood of the Holly, having the right to be buried behind the main altar and the inclusion of his Coats of Arms at the top of the Cross Arch of the Church.

 

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Coordenação José António de Mello

Textos Pedro Mascarenhas Cassiano Neves

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